segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

11. Conexões das placas eletrônicas


Módulo de amplificação sem fonte 250 watts 




Módulo de amplificação sem fonte 600 watts




Módulo de amplificação com fonte 150 watts

Módulo de amplificação com fonte 300 watts





Módulo de amplificação com fonte D500/700



Módulo de amplificação com fonte 1000/1500 watts









10. Adaptação ou construção de uma caixa ativa

Quando voce decidir ativar uma caixa acústica, ou construi-la do zero, a primeira coisa a ser considerada será qual a aplicação principal desta caixa.

Basicamente voce poderá decidir entre dois grupos básicos. O grupo das caixas multivias e o grupo das caixas para reforço de graves.

Caixas multivias

As caixas multivias são todas que devem reproduzir a banda de áudio cobrindo a maior extensão possível. Por terem que reproduzir os sons graves, médios e agudos, normalmente são montadas com dois ou mais transdutores acústicos (altofalantes, drives e tweeters), cada um deles específico para cada região do espectro audível. Isto se deve ao fato de que nenhum transdutor acústico consegue garantir uma reprodução plana ao longo de todo espectro audível.

A primeira coisa a ser definida é qual  a potencia que a caixa terá. Com base nesta decisão, voce poderá escolher os drives e tweeters adequados. Se a caixa for de duas vias, voce deverá escolher um drive de titânio compativel. Nesta configuração não será necessario o uso de tweeters. Opte sempre por comprar altofalantes e drives de marcas com qualidade consagrada. Altofalantes "meia boca" resultam em caixas acústicas "meia boca". Empresas de fundo de quintal não podem fazer altofalantes de qualidade. Vai lhes faltar conhecimento, bons projetos, materias primas de qualidade e mão de obra especializada.

Depois dos transdutores escolhidos é hora da escolha do divisor de frequencias. Não é possível a construção de uma caixa acústica de boa qualidade sem um bom divisor de frequencias. Note que estamos falando em "divisor de frequencias" e não "capacitores", pura e simplesmente pendurados em um altofalante.

Os drives de titânio possuem um ganho acústico muito superior ao dos altofalantes, entre seis a dez vezes maior. Se o drive de titanio tem uma pressão sonora 8 vezes maior que a de um alto falante, é obvio que este drive necessitara somente de 1/8 da potencia do woofer para compor perfeitamente este conjunto sonoro. Um ótimo divisor ativo ira produzir um atenuação de 6 dB/8° na frequencia de corte, tipicamente entre 1800 e 2000 Hz, situação adequada a dupla "woofer + titânio". Este divisor tambem deve estar equipado com um Lpad, que será a etapa elétrica responsável pela atenuação do sinal amplificado nos bornes do drive. Sem este Lpad o drive de titânio "berra" a ponto de ferir os ouvidos e tem sua vida útil reduzidíssima. A caixa aústica fica com um som horrível.

Para a definição do tamanho da caixa acústica, ou seja, a melhor litragem e tamanho dos dutos, recorra ao SAC do fabricante dos alto falantes. Bons fabricantes colocam estas informações no manual de uso do altofalante. Não faça no chutômetro, nem se utilize de softwares específicos para este fim. Para o uso dos softwares de projetos de caixas acústicas é necessário um grande conhecimento teórico e muita prática. Sem esse conhecimento, o uso do software será um trabalho às cegas. Lembre-se que as dimensões da caixa acústica e dos dutos dará a personalidade da caixa. O drive de titânio não sofrerá interferencia do tamanho da caixa, mas o drive soará melhor ou não dependendo da corneta a ser utilizada. Lembre-se tambem que a potencia da caixa não será a soma da potencia do woofer + potencia do drive de titânio. Considere a potencia da caixa como sendo apenas a potencia do woofer.

Não use mantas acrílicas ou de qualquer outra natureza dentro da caixa. Este recurso é um recurso a ser utilizado por profissionais especializados que conhecem o efeito deste procedimento e tem como mensura-lo. O uso sem critério é inócuo ou prejudicial.

Finalmente, não se esqueça de considerar o compartimento onde será instalado o painel do ativador. Este compartimento é grande e não deve entrar na conta da litragem necessária para o alto falante escolhido. Se o painel pré amplificador for instalado diretamente em um rasgo na caixa, em contato com a câmara do woofer, a vibração do woofer ira destruir a placa eletronica do pré em apenas algumas horas de uso. A violenta vibração do altofalante ira romper trilhas, ilhas e terminais associados aos componentes mais pesados como capacitores e potenciometros. A violencia dos impactos causados pela vibração do alto falante se dá pelo fato que o painel metalico divide o ambiente externo da caixa acústica submetido a pressão constante da atmosfera, com a pressão variável dentro da caixa. O painel, nesta situação, vibra como o próprio altofalante.

Um módulo de amplificação instalado dentro da caixa acústica não sofre esta mesma vibração, pois toda a superficie do módulo estará submetida a uma mesma variação da pressão interna da caixa.
A construção do compartimento do painel de controle é obrigatória para a obtenção de um sistema de som de qualidade e durabilidade.

Caixa acústica com ótima instalação dos componentes. 
Se o amplificador fica alojado no próprio painel, o método para construção do alojamento é exatamente o mesmo.



Vista externa do compartimento no fundo da caixa. 

As caixas de tres vias devem seguir os mesmos critérios e se utilizar dos mesmos acessórios que uma caixa de duas vias. É um sistema de construção mais complexa e desaconselhavel para montadores sem experiencia.

Existem ainda as caixas acusticas que tem os seus altofalantes e drives acionados cada uma por um amplificador independente. O áudio chega em cada transdutor devidamente condicionado em frequencia e amplitude. Este tipo de implementação exige mais equipamentos e muita experiencia, tanto na montagem das caixas como no uso delas. 

Caixa para reforço de graves (subwoofer)

Estas caixas usam apenas os altofalantes chamados subwoofers. São caixas tipicamente equipadas com um ou dois altofalantes e destinadas a amplificar somente os sons graves, tipicamente com frequencias entre 30 e 150 Hz. Elas podem receber o sinal amplificado devidamente condicionado em frequencia, ou pode fazer uso de um divisor de frequencias passivo. Esta segunda opção é a menos utilizada pelo fato que um crossover de alta potencia e de corte em baixa frequencia, caracteristicas deste tipo de caixa,  é de grande volume, pesado e caro. 

A escolha do altofalante e o cálculo das dimensões da caixa e dos dutos devem seguir os mesmo critérios usados nas caixas multivias. 

Exemplo de um subwoofer para uso home.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

9. Os defeitos e suas causas

Controle de qualidade

Todos os amplificadores Dclass passam por tres testes de qualidade e funcionamento ao longo de sua fabricação.

Depois de sua montagem, em um primeiro teste, as placas eletronicas são conferidas, testadas e ajustadas. 

Depois de aprovadas e após terem sido instaladas em seus dissipadores, elas entram na segunda fase de testes. São novamente ligadas  e são verificados os paramentros elétronicos . Se tudo estiver em conformidade, serão testadas com áudio, em frequencia, potencia e temperatura de funcionamento.

Finalmente, depois de aprovados na etapa anterior, vão para a montagem final onde será feita a instalação elétrica dos acessórios e painéis de controle. Nesta etapa, o produto pronto será testado novamente em frequencia, potencia, paramentros elétricos, temperatura e será posto em funcionamento exatamente como ira acontecer quando for instalado finalmente pelo comprador.

Nenhum amplificador Dclass sai de fábrica sem estes tres testes de funcionamento.

"Antes de mecionar qualquer defeito, vale lembrar que o maior fantasma que assombra as intalações de potencia, inclusive as instalações de sonorização, é o fornecimento inadequado de energia. O fornecimento inadequado tem origem muitas vezes na própria concessionária, principalmente em instalações longe dos grandes centros e até mesmo em áreas rurais. A energia sai imprópria da subestação, percorre uma circuitação deteriorada, e acaba por entrar em locais onde a instalação final esta uma verdadeira calamidade. Este ambiente é perfeito para o surgimento de ruídos estranhos na amplificação e finalmente por causar avarias em toda espécie de equipamento eletrônico, notadamente nos equipamentos de potencia. A variação súbita dos níveis de energia e os transitórios elétricos nas instalações, são componentes ideais para a composição de uma catástrofe elétrica.

Outro capítulo do fornecimento de energia elétrica inadequado que merece ser mencionado, refere-se a própria instalação final e ao estado de deterioração das tomadas, ao sub dimensionamento da fiação, ao uso absurdo de "benjamins" e extenções ordinárias, e outras gambiarras para distribuição de força. Encontramos verdadeiras aberrações elétricas por este nosso Brasil. Esta situação absurdamente irregular é causadora da maioria dos defeitos sem explicação. O melhor equipamento falha e quebra neste ambiente elétrico, da mesma forma que o melhor atleta sucumbe em um ambiente poluido ou de ar rarefeito. A eletricidade é a própria vida dos equipamentos eletrônicos.

Se voce tem dúvidas em relação a qualidade de uma rede elétrica e suas tomadas , onde ira instalar uma sonorização,  puxe a alimentação da entrada de força. Mantenha sempre uma extenção de alta corrente para este tipo de socorro". 

                                                                          JAMAIS !!!

O amplificador simplesmente queima:

1. A causa mais comum, sem ser a mais recorrente, é a ligação de um modelo com ajuste  manual de tensão feito de forma errada. Importantíssimo conferir a tensão disponivel, 110 ou 220 volts, e verificar se a chave seletora do amplificador  esta em posição correta.




2. Uso de ferro de solda e estanho em fios e conectores no amplificador. Muitas vezes pingos de solda caem no momento da soldagem e se alojam entre os terminais dos componentes na placa eletronica fechando curto cirtcuitos. Ao ser ligado, o amplificador simplesmente queima. A soldagem de fios nos conectores faston existentes nos modelos mais fortes, provoca o escorrimento do estanho que fixa o terminal à placa, resultando em perpétuo mau contato, ruídos e consequente sobreaquecimento.
Onde houver conectores Faston, usar conectores do mesmo tipo para efetuar a conexão. Solda, nunca.




3. Descascamento de fios nas proximidades da placa do amplificador. Filetes de cobre se soltam da trama do fio e caem sobre a placa do amplificador fechando curto circuitos entre os terminais dos componentes. O amplificador simplesmente queima ao ser ligado. 




4. Queda de ferramentas na placa do amplificador energizado, resultando em curtocircuito generalizado.

O amplificador esta mudo, não tem volume, ou falta potencia. 

1. Verificar o cabeamento de áudio. É comum cabos de áudio arrebentados dentro dos conectores

2. Ligação de cabos stereos em entradas balanceadas. O sinal da via stereo direita cancela o sinal da via stereo esquerda e o resultado é uma amplificação baixíssima.  Este é um erro muito comum. Os  amplificadores Dclass recebem sinais mono ou balanceado em seus conectores P10 ou XLR. Jamais stereo. 

3. A fonte de sinal não tem amplitude suficiente para excitar totalmente o amplificador. Mesas de som, processadores, crossovers, e outros equipamentos profissionais entregam sinal suficiente para excitar amplificadores profissionais. Notebooks, celulares, players domésticos e tocadores portateis tipo USB não entregam sinais suficientemente altos para o funcionamento de amplificadores profissionais a plena potencia.
Receivers de uso em home theaters, dependendo do pais de origem ou modelo, podem ou não entregar sinal de áudio suficiente para o pleno funcionamento de amplificadores profissionais.  

4. Os paineis de controle não podem ficar instalados na caixa acústica no mesmo o compartimento do woofer ou do subwoofer. É obrigatório a construção de um compartimento estanque onde o painel será instalado, de tal forma que o painel não sofra as variações de pressão realizadas constantemente pelo altofalante. A instalação do painel sem este compartimento certamente causara defeitos no conjunto eletrônico. A vibração constante sobre os componentes mais pesados, como potenciometros e capacitores, provocara o rompimento de trilhas, ilhas de solda e terminais metalicos, causando o mau funcionamento do pre amplifcador. Como resultado teremos o emudecimento do amplificador ou a amplificação de zumbidos e chiados. A geração de sinais de alta frequencia e amplitude não é percebida audivelmente e o aplificador pode queimar. 




A caixa acústica emite zumbidos e chiados

Os amplificadores amplificam todos os sinais, inclusive os ruídos indesejáveis. O que ocore é que os fabricantes procuram manter estes ruídos indesejáveis em níveis baixíssimos, de tal forma a não prejudicar a qualidade do programa principal. As caixas acústicas multivias são as mais sucetíveis aos ruídos, principalmente quando solicitamos muito ganho nas frequencias mais altas atravez do equalizador. 

Uma das causas mais comuns de ruídos e chiados são cabeamentos de áudio em mas condições. Conectores P10 de mau qualidade são os reis do ruído. 

O divisor de frequencias é um acessório da caixa acústica e deve ser montado em seu interior. O seu uso é obrigatório em caixas multivias. Isto se deve pelo fato que cada transdutor acústico como altofalantes, drives e tweeters possuem ganhos acústicos diferentes. Em outras palavras, um woofer de 500 watts necessita de um drive de titanio de 70 watts para uma reprodução sonora equilibrada,  perfeita. Se o drive de titânio recebe a mesma potencia do woofer, o som fica desiquilibrado, gritando, e o drive tem sua vida útil reduzidíssima. O divisor de frequencias tem tambem a função de entregar a banda de frequencias  correta a cada transdutor, normalizando a impedãncia total do conjunto. A falta de divisor de frequeuncias tambem exacerba ou amplifica os ruídos indesejáveis, ja que os transdutores de frequencias dos sons médios e agudos recebem um sinal elétrico muitas vezes maior do que o necessário para que trabalhem em harmonia com  o woofer. 

O uso dos divisores de frequencias equilibra a reprodução, reduz os ruídos e chiados e aumenta drasticamente a vida útil dos drives e tweeters. 

A caixa acústica multivias ou de reforço de graves (subwoofer) não tem grave

Isto acontece tipicamente quando existem dois altofalantes, na mesma caixa, ou em caixas separadas, ligados com polaridade invertida. Nesta situação, enquanto um altofalante bate para fora, o outro bate para dentro e resultado acústico desta ligação errada é o cancelamento dos sons graves.